Quem conhece a teoria dos reflexos condicionados dos cães de Pavlov sabe que bastava tocar a sineta para os animais começarem a salivar porque já sabiam que iam comer.
Pois bem, o peculiar é que eu conheci um rapaz que quando a sua professora predilecta lhe perguntava "Como te chamas?" ele respondia "Luís", ao mesmo tempo que, num claro reflexo condicionado, fazia um gesto com o braço esquerdo (que podia ser interpretado, em body language, como um "Ó mulher, não me chateie, car.."). Apercebendo-se disto, a brava docente insistiu, sem sucesso, para que o jovem petiz fosse capaz de dizer o seu nome sem mandar um soco à pessoa da carteira da frente.
Aliás, eu defendo que se perdeu um talento para o mundo do boxe, porque era meter aquele miúdo num ringue e passar os rounds no canto só a perguntar "Como te chamas?" para ele passar 3 minutos consecutivos a mandar ganchos de esquerda...
Pois bem, o peculiar é que eu conheci um rapaz que quando a sua professora predilecta lhe perguntava "Como te chamas?" ele respondia "Luís", ao mesmo tempo que, num claro reflexo condicionado, fazia um gesto com o braço esquerdo (que podia ser interpretado, em body language, como um "Ó mulher, não me chateie, car.."). Apercebendo-se disto, a brava docente insistiu, sem sucesso, para que o jovem petiz fosse capaz de dizer o seu nome sem mandar um soco à pessoa da carteira da frente.
Aliás, eu defendo que se perdeu um talento para o mundo do boxe, porque era meter aquele miúdo num ringue e passar os rounds no canto só a perguntar "Como te chamas?" para ele passar 3 minutos consecutivos a mandar ganchos de esquerda...
Um comentário:
Recordo-me desse gesto do jovem petiz. Ainda pensei que poderia ser algum distúrbio muscular ou motor do braço. Por momentos ainda tive o risonho pensamento de o ver esticar o dedinho do meio em sinal da sua impaciência perante a dita docente que guardo até hoje carinhosamente no meu coração pelos agradáveis e até mesmo lúdicos momentos que me proporcionou. Esses 50 minutos de aula foram repletos de situações caricatas, em particular naquela carteira de aula que para além do rapaz do membro superior esquerdo descontrolado tinha a seu lado um gadelhudo que perante a mesma solicitação da docente (“Como te chamas?”) respondeu com o volume baixo e oculto pelos cabelos de uma forma praticamente inaudível. Mais uma vez a querida docente fez o papel do papagaio, pois era imperioso ter uma resposta à altura das suas exigências.
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