quarta-feira, 13 de março de 2019

Tacadas sem bolas


Perante a fraca qualidade de ensino e de paupérrima capacidade do corpo docente nos anos 90 na Escola Secundária Padre Alberto Neto aka Escola Secundária de Queluz, os instruendos Costa e Félix, tinham dificuldades em assistir à totalidade das aulas nos sucessivos anos letivos, que percorreram juntos durante 7 anos. Mas só por isso, pois ambos tinham uma ENORME vontade em aprender… Confrontados com a falta de estímulo no ensino, tinham de encontrar uma série de atividades lúdicas, para manter as suas cabeças focadas, para levar o secundário adiante…
Era jogatanas de sueca, dominó, computador, matraquilhos, futebol, basket e snooker… Por sorte havia alguns espaços nas redondezas do recinto escolar, que possibilitavam algumas dessas práticas, como por ex o Las Vegas e o CAQ…
O problema é que os intervalos não permitiam tempo suficiente para levar a cabo todas essas atividades. Não havia outra solução, que não fosse dar umas baldas de vez em quando. Havia que manter a cabeça fresca. As pouco frequentes faltas dos professores eram pouco significativas neste sentido. Havia uma contagem de vitórias no snooker, que já ultrapassava as 2 centenas para cada 1…
Ainda houve outros e outras praticantes, mas nada que igualasse o número de partidas dos mestres do taco. Agora, olhando para trás, recordando esses tempos, fica a sensação que os petizes tão focados no jogo do taco, perderam a oportunidade de jogar em outros “campos”. Tanta prática na tacada, e colegas ávidas de jogar com eles, com os seus tacos e as suas bolas, e eles nada… “agora não” e cenas assim… pobres e desperdiçadas adolescências… vários buracos onde meter, bolas a enfiar… e outros números a atingir… tanto por efetuar e outras histórias mais coloridas por contar.

Moral da história: não deixes para amanhã, onde podes meter hoje

quarta-feira, 6 de março de 2019

Declinamos na Pipa


No pós liceu, enquanto alguns já trabalhavam no duro, outros trilhavam por caminhos académicos… e outros não almejavam coisa nenhuma, apenas procuravam subterfúgios para não fazer nenhum. Após algum debate e tentativa de reunir alguns ex-colegas, lá se conseguiu adicionar aos 4 do costume, os 2 marrões da turma… o Pedro “carteiro” e o Claudio “trolha”, em alusão à carreira profissional que seguiram fruto de tanta aplicação e estudo. Os “reis” da declinação da Vespertina, estavam lançados para uma carreira de sonho.
Reunidas as tropas numa sexta ou um sábado à noite, lá se acomodaram em 2 viaturas. O Peugeot do Costa e o Punto do Pedro, que tinha armas de arremesso nas rodas, disparando tampões na marginal.
Pois… Marginal… já se sabe onde por essa altura íamos dar… Casino… local onde o Cartolas jamais tinha entrado… naquele dia…
Deve ter sido mais uma noite em que os deuses das Slots não estavam connosco, porque não ficou nenhuma memória de aumento de riqueza.
Recordo-me que foi uma noite com várias voltas. Já não me recordo do itinerário efetuado e a ordem dele. Mas lembro-me perfeitamente do Fonte da Pipa, mítico bar em Sintra. Desafios de despejo de cerveja pela goela sem respirar, de canecos foram lançados… Resultado.. à saída o “trolha” declinava poesia… com rimas pouco simpáticas com os demais, devido à inexperiência de mamar minis durante os intervalos laborais, como um trolha encartado, sabe como ninguém… Mas tinha o vocábulo todo da profissão… No pico mais alto do álcool no sangue vociferava perante os transeuntes, sugerindo o coito” Fodam, fodam muito…!”…