quarta-feira, 6 de março de 2019

Declinamos na Pipa


No pós liceu, enquanto alguns já trabalhavam no duro, outros trilhavam por caminhos académicos… e outros não almejavam coisa nenhuma, apenas procuravam subterfúgios para não fazer nenhum. Após algum debate e tentativa de reunir alguns ex-colegas, lá se conseguiu adicionar aos 4 do costume, os 2 marrões da turma… o Pedro “carteiro” e o Claudio “trolha”, em alusão à carreira profissional que seguiram fruto de tanta aplicação e estudo. Os “reis” da declinação da Vespertina, estavam lançados para uma carreira de sonho.
Reunidas as tropas numa sexta ou um sábado à noite, lá se acomodaram em 2 viaturas. O Peugeot do Costa e o Punto do Pedro, que tinha armas de arremesso nas rodas, disparando tampões na marginal.
Pois… Marginal… já se sabe onde por essa altura íamos dar… Casino… local onde o Cartolas jamais tinha entrado… naquele dia…
Deve ter sido mais uma noite em que os deuses das Slots não estavam connosco, porque não ficou nenhuma memória de aumento de riqueza.
Recordo-me que foi uma noite com várias voltas. Já não me recordo do itinerário efetuado e a ordem dele. Mas lembro-me perfeitamente do Fonte da Pipa, mítico bar em Sintra. Desafios de despejo de cerveja pela goela sem respirar, de canecos foram lançados… Resultado.. à saída o “trolha” declinava poesia… com rimas pouco simpáticas com os demais, devido à inexperiência de mamar minis durante os intervalos laborais, como um trolha encartado, sabe como ninguém… Mas tinha o vocábulo todo da profissão… No pico mais alto do álcool no sangue vociferava perante os transeuntes, sugerindo o coito” Fodam, fodam muito…!”…

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