segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Chapéus (não) há muitos

Como eram divertidas as aulas na sala de anfi-teatro ao fundo do Pavilhão 3E. Não sei explicar bem, mas aquela sala tinha uma certa conotação lúdica. Recordo-me de ter lá visto “O nome da Rosa”, com os risinhos de adolescente no momento em que o jovem monge comeu a gaja… Não sei bem se foi no visionamento desse filme que aconteceu o episódio que aqui quero relatar. O que é certo é que foi mesmo naquela sala. Recordo-me que estava talvez na 2ª ou 3ª fila e na minha frente estava o Félix que na altura possuía uma farta cabeleira. Apesar de naquele tempo o colega ser de estatura ridiculamente baixa, estava a condicionar-me a leitura da legendas, tal era o volume vertical capilar que provinha do couro cabeludo do petiz. Instintivamente vociferei: “ Oh Félix, tira lá o chapéu” … um coro de risadas se iniciou para os que entenderam logo e que se estendeu quando foi explicado aos menos perspicazes…Mas o rapaz de casaco de penas azul volumoso não podia fazer grande coisa… o que provocou a minha constante troça durante o resto da aula em torno do cabelo do farfalhudo colega. De chapéu passou a cartola… e outras piadas que o digníssimo colega aceitava com grande fair-play esticando o dedinho do meio em manifestação disso mesmo.

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